Por que seria o seio ofensivo?
O seio, fonte de força à que chora.
O seio, símbolo da coragem da que luta.
O seio que guarda essa máquina rubra.
Por que seria, só um seio, tolhido?
Por que não, o seio, ser o emblema?
Se atrás do seio pulsa outro símbolo.
Se esse seio tão proibido já chorou.
Se o seio mostra menos ofensa que
Esse cenho torto ao amor, ao dilema
Pesquisa
27 de junho de 2012
9 de fevereiro de 2012
Veias verdes, Vias venosas, Véu veloz.
Nossa frota partiu da filha d’ondas amiúde pelo rio que cruza as centenas de mares das terras alagadas, a via entope-se de gases venosos e de calores sufocantes estacando nossa condução d’entr’um dos mares da terra lamacenta. Veloz só o véu de sossego que nos cobria pelo inicio da rota, véu que nos vinha e desvinha em concorrência com o ardor dos ares locais.
N’um dos verdes mares estamos agora à deriva por falta d’água... Á esperar novo arrasto à pedra d’águas nesta nossa terra líquida. Ironias aparte em nova condução de nome emblemático nos embocaram e partiram em direção à pedra. Nenhuma das sirenas foi avistada até a pedra e a ira do deus dos oceanos não ultrapassou nossa primeira parada.
Já na pedra d’águas chegamos quando o moço amarelo e redondo já perdia a vontade de queimar, diante da pedra abria-se o outro mar que não só à minha terra d’água pertencia, partilhava-o com uma outra terra de cantos de aves coloridas e de bichos de passo lateral. Lá à beira do mar que lança-se livre a outro, feito o principal armamento dos ulanos atirado ao ar. Vigiamos as réstias de luz dentre luz nas ondas deste mar santo, enquanto nos alimentávamos do que vinha dos mares ao redor de nós. E bebíamos o que brotava em mares estranhos.
E continuamos a saborear estas águas da terra dentr’águas até que o moço amarelo resolvia por deitar-se. Voltamos à nossa condução já tontos pelos líquidos dos mares de fora enquanto o moço amarelo deitava-se sobre o mar verde de minha terra de lama.
Entrega
Eles caminhavam tão distantes... Tão tristonhos sem se perceber... Um antes, outro depois do ponto qu’ela estava. Eles não viam o céu, nem ela! Ela que estava parada ante os dois seres. Miravam só o chão. Viam nem o chão. Mas algo esvoaçou os cabelos dela e fez-lhe voar seus enfeites entre os dois. Um dos enfeites tocou a face do primeiro. Ele a notou. Ele segurou o enfeite e viu o outro. Continuou o caminho. O outro acordou quando o primeiro elevou algo em sua direção. Vi logo em minha frente aquela pequena na mão daquele a quem não sabia. Não soube o que pensar. Tive medo. Achei bonito. Achei de verdade. Ele entregou-me. Eu tive mais medo. Mas aceitei e caminhei a vista minha à sua. Seus olhos eram de cor familiar, Igual à pequena que me dera. Não sabia, mas sorri e continuei. Logo se perderam um do outro, mas continuavam um com o outro. O primeiro sorria ainda, o que recebeu encontrou a cor e agora não parecia querer mais tirar suas vistas do céu. Ela continuava só e parada, como sempre fora a soltar presentes pelos cabelos.
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